SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA – LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
FONTE: ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO INTERATIVA: COMPETÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA DE RICARDO UHRY
Observação: através da leitura do livro acima citado, colhi sugestões e ideias para trabalhar com meus alunos, algumas propostas foram adaptadas outras são exatamente como encontradas no livro de forma a atender aos alunos com os quais trabalho diariamente. Também modifiquei algumas teorias mais complexas por outras mais acessíveis para os alunos.
TEXTO: Fábula moderna
"Você, moleque, com certeza vai ser bandido!" Essa foi a frase que o mineiro Roberto Carlos Ramos mais ouviu na infância. Negro, pobre, abandonado, analfabeto até os 13 anos e um dos campeões de fuga da Febem, tudo levava a crer que o vaticínio se concretizaria. Sua ficha na instituição o definia com uma única palavra: irrecuperável. No entanto, o acaso encarregou-se de inverter os ponteiros da lógica rasteira. Roberto Carlos, hoje com 34 anos, é um exemplo de sucesso na vida profissional e pessoal. Pedagogo com mestrado na Universidade Estadual de Campinas, ele é um dos mais requisitados palestrantes do país.
Caçula de uma prole de dez filhos, Roberto Carlos foi enviado à Febem com 6 anos. Ao longo dos sete que passou lá, fugiu exatas 132 vezes. Aos 9 anos, conhecido como "Beto Pivete", já cometia pequenos furtos. Cheirava cola de sapateiro e fumava maconha diariamente. Foi na sala de readmissão da Febem que o acaso o colheu, sob a figura da pedagoga francesa Marguerit Duvas. De férias no Brasil, ela conheceu Roberto Carlos enquanto visitava a instituição. Intrigada e encantada com o garoto vivaz e indomável, ela transformou seu período de descanso numa longa estada e conseguiu a sua guarda. Marguerit o ensinou a falar francês (língua na qual seria alfabetizado por professores particulares) e, depois de três anos, levou-o para Marselha. Na cidade ensolarada do sul da França, Roberto concluiu o colegial e viveu até os 19 anos.
De volta ao Brasil, fez pedagogia e estagiou na mesma Febem onde permaneceu durante a infância. Foi lá que conheceu Alexandre, menor abandonado que acolheu em seu minúsculo apartamento. Em seguida, vieram Moisés, Kleber, Fábio... Atualmente, ele mora com doze "filhos", cujas idades variam de 10 a 25 anos, num casarão de quatro andares em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. Todos estudam e os mais velhos também trabalham.
Em seu lar incomum, a primeira regra é ter planos – a curto, médio e longo prazo. "Não importa se é comprar uma bicicleta ou fazer faculdade", explica ele. A fórmula de Roberto Carlos para guiar seus meninos pela boa estrada é de uma simplicidade franciscana: carinho e educação. Esse binômio está na base das escolas que coordenará para a Fundação M. Officer. Nelas, os menores carentes serão levados a desenvolver suas principais aptidões, para que possam integrar-se como cidadãos plenos numa sociedade que tende a rejeitá-los. "Sou a prova de que não existe criança irrecuperável", diz ele. E acrescenta: "No mundo há os que choram e os que vendem lenços. Hoje, estou entre os que vendem lenços".
Leitura dos alunos silenciosamente;
Leitura pela professora;
Não discutir previamente o texto e propor: Reunir em grupo de 5 alunos e retirar 5 conclusões a partir do texto lido e justificar as conclusões. Cada grupo irá apresentar suas conclusões.
Logo depois, a professora encerra colocando sua palavra final. Realçar a última frase do texto indagando: Será que estamos entre aqueles que vendem lenços ou aqueles que choram? Aproveitar o ensejo para reforçar a necessidade de arregaçar literalmente as mangas e lutar pelos nossos sonhos e objetivos, significando a necessidade de valorizar os estudos e as oportunidades surgirem.
2ª parte: individual: Elaborar 10 metas para serem realizadas por você a curto, médio e longo prazo. Não se esqueça de apontar os caminhos para realizar estas metas.
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