quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

UMA BREVE ANÁLISE DE “O POÇO” DE GUERÁ FERNANDES



            Bravo, bravo para Guerá Fernandes em “o poço”. Fiquei fascinada com a leitura deste romance. Transitei pelo vocabulário, pelas frases e parágrafos densos, sem ao menos desgrudar o olhar, um instante único de leitura, que não podia se desfazer, agora era ir até o fim, não podia esperar, como que enfeitiçada.
            Ao terminar a leitura e, ainda com o livro em minhas mãos, saltei dentro de mim, não seria a mesma, fui privilegiada com mais esta leitura, com mais este autor que possui o dom especial da palavra, longe está de ser apenas palavras, melhor mesmo é “não ser catador apenas”.
            Lembrando-me de Graciliano Ramos em Vidas Secas, nele, o personagem Fabiano dialogava consigo mesmo:
            “-Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só e, pensando bem, ele não era homem (...)
Corrigiu-se, murmurando:
-Você é um bicho, Fabiano”. (G.R)
Em Jeremias e Mirael, personagens de “o poço”, encontra-se o desejo de ser gente, de possuir uma identidade. Eu quis chorar, mas como Jeremias contive minhas lágrimas, sufoquei-as, talvez com o intuito de ser solidária com a personagem. Jeremias não sentia medo, nem dor, não chorava nunca, ele era temido e forte, vivendo como bicho, ensimesmado, assim como Fabiano, equiparado aos animais com os quais convivia, a cachorra baleia e os bois sarnentos, murmúrios apenas, como Jeremias, ou sem nome como Mirael. Este que viveu na escuridão, um filho que nasceu para ser nada, como Fabiano e os filhos, identificados como o menino mais velho e o menino mais novo.  “O mundo é um clarão”. Mirael entendeu, por uns instantes, sua condição, ele amanhã não existiria e interroga: “Mae! Que luz é essa? Que luz é essa, mamãezinha?”. É o desejo extremo de ser chamado pelo nome, um timbre, um som que o identificasse como tal.
Não posso continuar sendo o irmão, tudo tem um nome, os objetos tem nome, eu não tenho um nome.”(p.45).
Personagens “sem voz”, mas o discurso é de muitas vozes, que insistem em não se calar, denunciando a condição do ser humano. Qual é o valor de cada um?
O ser humano vivendo em condição de bicho, o lixo, os urubus, as baratas e os ratos, sem vez, sem voz, enredados pelas circunstâncias. Eis o cenário perfeito de o poço. Confundindo-se o espaço do bicho e do homem, por vezes complementando-se.
Ah, seria um urubu. Rei daquele lixo. Senhor da morte. Ave das sombras.( ...)pensou que gostava mais dos urubus do que da própria família”.(p.27.)
            Na narrativa o misticismo, o erotismo, o onírico, o belo, o raro, o lirismo poético, o real e o simbólico. Clarice um espetáculo de mulher: “Ela: barata voadora! Ela! Sim, feiticeira! Sereia atravessando os oceanos da imaginação dos homens”. De repente atravessando a imaginação do leitor: Que mulher é essa? Lembrei-me de Clarice, a Lispector e a sua “Macabéia, moça de extração sócio-cultural inferior”,  em a “Hora da estrela”. Como toda mulher e seus extremos, ficam os fragmentos que marcaram profundamente a minha leitura:
            “Da rua se ouvia a multidão. Entre eles ela foi atirada pelos soldados. Ela então se levantou, encarou a multidão. Eles gesticulavam em torno dela. E ela começou a sua caminhada. Ao virar a rua, em frente do lixo em que ontem trabalhava recebeu uma pedrada. E outra. E outra. E gritavam enquanto atirava.
            -Puta empestada!
            E de novo ela caiu. Outra pedra acertou-lhe o olho direito. O sangue rolou cegando-a, ela voltou-se abrindo os braços como um urubu ferido. (...)
            O sol parou sobre ela. E ela caiu pela terceira vez.
            E ela se ergueu de joelhos para os céus”.
            Era a sua saga, a sua crucificação dolorida, fria e consciente.
            “Ela que nunca teve ninguém por ela. Nasceu sozinha, nem mãe, nem irmãos. Nem um general com medalhas que se soubesse seu pai. Um desertor que por amor lhe desse uma história que justificasse nascer. Nascer explode! E basta.”
            Universos literários que se cruzam, se entrelaçam e se misturam: também no chão, Macabéia vive seu instante de saga, de procura, de encontro consigo mesma na reta final de sua existência, como podemos observar no trecho a seguir:
Cai no chão, agoniza e diz sua última frase enigmática quanto ao futuro: Várias pessoas observam a moribunda. Alguém pousa junto ao corpo uma vela acesa. Desta maneira Macabéia alcança, com a própria morte, a sua hora da estrela”. (C.L)
            Duas vidas, dois destinos que por ora se encontram, “a hora da estrela” de uma e o drama da outra, ou o drama de ambas? Quantos caminhos são possíveis trilhar, quantas análises nos permitem tocar?
            Clarice e Diana, mãe e filha se reconhecem, prostituta a mãe, prostituta a filha? Não Diana não poderia. “Diana não teria a mesma vida sua”. A mãe procura por ela incansavelmente. Ela que se tornou uma mulher. “Entre vocês cresceu uma menina enquanto a mãe era tomada pelos seus generais carregados de medalhas.” Ela veio para guiá-las. Ela era protegida, a guerreira, a enviada entre todas as prostitutas.
            A leitura do de o poço trás em si o significado do que existe de mais brutal: os seres mutilados, o inferno do existir só por existir, sem projeção, o ser estiçalhado, fragmentado, catando comida, catando miséria, a guerra do passado, a guerra do presente, a guerra do futuro? Sem trégua, mesclando dor, revolta, sofrimento com o desejo de, por alguns instantes, sentir que há luz, mesmo que ela seja um fio, um clarão, uma visão que possa ainda resgatar e re-significar vidas. “sobreviver exige perícias”.
            Autor e obra, perfeita harmonia, essenciais para aqueles que amam o universo literário. Narrativa ousada, recursos linguísticos e de linguagem pertinentes com a obra. Vocabulário enxuto, porém carregado de combinações que cativam e seduzem  o leitor. Valeu a pena, sempre valerá a pena conhecer e usufruir do que há de melhor do universo da ficção e da poesia deste autor revolucionário, maduro, consciente e completo.


                                                            Laura M.Bastos
                                                            Janeiro de 2011.

PENSANDO E ENTENDENDO O MAGISTÉRIO COMO FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Sabe-se que, a princípio,  o magistério  era exercido somente pelos homens. Eles  tinham acesso a escolaridade, se tornavam tutores e eram contratados pelas famílias ricas  para ensinar as crianças (meninos) em suas residências. Os padres e os jesuítas, homens da  igreja, tinham a missão de ensinar assuntos ligados à religiosidade. À mulher não era oferecida nenhuma oportunidade de estudar, cabendo a ela os cuidados com os filhos, com o lar, a obediência e subserviência total ao homem.
                Após a Revolução Francesa, os caminhos do magistério se abrem para a mulher. Contudo, a desvalorização da profissão tornou-se um fato, uma vez que ensinar era apenas uma continuidade da vocação maternal das mesmas. Não precisava ter boa formação, eram suficientes o domínio das   letras e de cálculos básicos.  
                Neste instante, passa a haver uma abertura para a mulher no mercado de trabalho, porém, as diferenças de gênero são notórias, marcando profundamente a vida profissional das mulheres. A remuneração era algo insignificante, uma vez que o pensamento era de que ensinar nada mais era do que um “dom” que deveria ser cultivado. Na simplicidade do dia a dia, a mulher professora dava suas aulas sem maiores complicações, em uma época em que ensinar o bê-á-bá, adicionar e subtrair eram suficientes.   Ao homem cabia o papel de sustentar o lar.
                                Com as transformações ocorridas no mundo moderno, houve uma reestruturação do sistema educacional. As exigências se tornaram maiores, exigindo formação e preparação do professor para ministrar as aulas, mais informação e dedicação ímpar. O número de alunos aumentou significativamente com as novas leis implantadas para garantir educação para todos. O que hoje se tornou um desafio: lidar com turmas superlotadas, muitas vezes sem a menor condição para atender a todos com qualidade.
                Na atualidade, ministrar aulas não se restringe somente a aplicar métodos e técnicas, exige interação, multiplicidade e desdobramento do profissional que atua diretamente com os alunos. Estes que estão cada dia mais aptos a opinar,  criticar, exigir inovações e por vez perturbar a ordem, ser intolerantes uns com os outros a ponto de exigir flexibilidade do professor, ampliando suas aulas para trabalhar valores como cidadania, ética, justiça, respeito, democracia... Ou seja, não basta somente dominar a técnica e metodologias ligadas ao magistério, sendo necessárias mudanças de atitudes e hábitos no cotidiano escolar para atender às diversidades existentes.  
                De umas três décadas para cá, as famílias se encontram cada vez mais ocupadas e preocupadas com o sustento e desejo de ampliar a renda familiar em busca de uma vida melhor, cabendo muitas vezes à escola o papel de não apenas ministrar conteúdos, mas também auxiliar na educação ampla das crianças. Os filhos chegando com uma bagagem maior de responsabilidade ou falta dela por inadequações geradas no seio das famílias em relação à educação e sustentação de valores transmitidos pelos pais, desde muito cedo.  
                Percorrendo todo este caminho, percebemos que o perfil do educador mudou muito. Os homens e mulheres estão ocupando o espaço na sala de aula, mas ainda é território muito mais abrangente da mulher, ela que continua a mercê de uma remuneração inferior, salários atrelados ao passado que nada mais era do que uma forma de manter a mulher presa, dominada e dependente do homem. Ela deveria se manter submissa, dando aulas e cuidando do lar e das crianças, longe dos “perigos do mundo”.
A  sociedade atual é competitiva, o capitalismo é selvagem, a mulher trabalha para ajudar no sustento do lar. Ela também está mais vaidosa, gosta de ser bonita e apresentável. A carreira do magistério não é promissora neste sentido, pois continua a mentalidade antiga e ultrapassada de que é um “dom” ensinar, não importando remunerar bem esta mulher que educa as crianças, isto numa sociedade cada vez mais complexa e em salas de aulas cada vez mais lotadas e cobranças cada vez mais acirradas do profissional para atuar em sala de aula. Os homens que atuam no magistério hoje,  estão perdidos, desvalorizados de forma igual à mulher e pelo visto,  muito há o que se fazer em conjunto, para buscar a tal valorização financeira e profissional que tanto sonhamos.
                Onde tudo isso vai chegar? Talvez daqui a uns dez a vinte anos a qualidade da educação venha a atingir uma situação  lastimável, muito mais do que se encontra hoje. Inversamente a todas as demandas que estão no papel para serem cumpridas, a exemplo o Plano Decenal da Educação com suas metas e objetivos para serem implantados, porém pouco ou nada visando a melhoria e valorização dos profissionais que atuam nas salas de aula. Inclusive o Piso Salarial aprovado que não sai do papel e foge como um ratinho dos gatinhos professores e professoras. Neste quesito, agradeceremos nosso governador e representantes parlamentares que não estão nem aí para esta classe a tanto oprimida e insignificante para os poderosos que só pensam  neles mesmos, representantes do povo que querem ganhar política zombando e humilhando uma classe trabalhadora. Não há investimentos, pois educação não elege ninguém.
                Terminando presente artigo registro aqui uma citação que muito me chamou a atenção em um trabalho universitário relativo à profissão do magistério: “É preciso que haja uma tentativa de escolha profissional por uma “paixão”, mas que esteja atrelada à luta por uma educação melhor e não à simples aceitação de uma condição imposta socialmente. A mulher não deve  deixar de ter amor pela profissão, porém um amor que não seja “cego” (...) investir na educação é lutar pelo possível, pela mudança dessa educação que cada vez mais quer cada um no seu “devido lugar”, estagnado e obediente.”
                Enfim, sonhar ou deixar morrer o sonho? Lutar ou não por melhorias de nossos ideais? Questões que nos afligem dia após dias e continuarão nos perturbando profundamente. Percebo falta de expectativa no olhar dos meus colegas professores e professoras. No olhar de quem começa pouco “brilho”, pouca expectativa de ascensão na carreira. Daqueles que já tem um chão percorrido, desânimo causado pelo sistema, pela falta de valor, falta de humanidade, falta de tudo.
                Pena, muita pena! Ser professor deveria ser uma profissão que chamasse a atenção de bons profissionais, daqueles que querem, sonham e podem se aperfeiçoar para formar pessoas cada vez mais  capazes de atuarem com competência, pensando e agindo com maior equilíbrio numa sociedade tão marcada pelas injustiças, opressões  e desigualdades sociais
                                                                                                            Laura M.Bastos
               
                

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O texto: fio que nos conduz...

Diagnóstico de Língua Portuguesa
Aluno:___________________________________________nº:_______ data: _____/______/_____
ü  Leia o texto abaixo:
       Caros alunos,
      Pensei em uma forma de transmitir a vocês, além do conteúdo estudado, também “uma palavra” que insiste em não se calar: Os alunos são muito mais do que simplesmente depósito de conteúdos, são também o maior tesouro que a escola possui e que os professores possuem.
      Na escola, não estamos somente para aprendermos lições intermináveis de todos os conteúdos. Estamos tentando partilhar com vocês muito mais do que simplesmente isso. Precisamos aprender a conviver em sociedade da melhor forma possível. Sabemos que existe tanto egoísmo, arrogância, abuso de poder, violência, injustiça e discriminação, tudo que, a meu ver, são péssimos exemplos a seguir. Queremos que vocês tenham boas oportunidades de vida, que sejam respeitados e tenham um futuro melhor, que não se entreguem jamais às formas opressivas de vida, como as drogas, a violência, o terror do preconceito e da discriminação, como temos visto pela TV todos os dias. Assassinatos, assaltos, crianças inocentes morrendo, adolescentes que, envolvidos na violência e nas drogas acabam mortos antes de completarem vinte anos.
             Saibam que, como diz meu amigo e companheiro Gedalino: é preciso ter estrutura familiar, ter princípios sólidos relacionados à moral, ética e bons costumes para não cairmos nas garras de tantos males que assolam as pessoas nas cidades e também nos campos. Desejamos  muitos mais, como partilhar de respeito, de harmonia, de alegria de estarmos na escola. Vamos optar pelo diálogo, sei que é possível, que podemos tentar e sei que podemos conseguir vivenciar a paz que tanto falamos e queremos. Portanto, parte de mim, de vocês e de todos da escola  nos respeitarmos e rejeitarmos as formas negativas de relacionamentos, estabelecendo laços mais humanos de convivência em nosso dia a dia.
                                                                                                                                  Laura Bastos
1-No trecho: “Os alunos são muito mais do que depósito de conteúdos, são também o maior tesouro que a escola possui, que os professores possuem...” temos respectivamente:
(   ) uma oração     (   ) duas orações       (   ) três orações     (   ) quatro orações    (   ) mais de quatro orações. 

2- Na frase:   “Pensei em uma forma de transmitir a vocês, além do conteúdo estudado, também uma palavra que insiste em não se calar...” O sujeito da ação verbal é:
(   ) os alunos                     (    ) os professores                         (    ) eu                             (    ) vocês.

3- Na frase:  “Queremos que vocês tenham boas oportunidades de vida.” O sujeito da ação verbal é:
(   ) vocês                             (    ) vida                                  (    ) nós                                            (    ) queremos 

4- Na frase: “é preciso ter estrutura familiar, ter princípios sólidos relacionados com a moral, ética e bons costumes, para não cairmos nas garras de tantos males que assolam as pessoas nas cidades e nos campos”. Existem quantos verbos:
(   ) 1 verbo        (    ) 2 verbos         (   ) 3 verbos     (   ) 4 verbos    (   ) 5 verbos     (    ) 6 ou mais verbos.

5- Leia o trecho: “...adolescentes que, envolvidos na violência, nas drogas acabam mortos antes de completarem vinte anos.” O sujeito da oração é:
(    )  violência                            (    ) adolescentes                      (    ) drogas                              (    ) acabam

6- Separe o sujeito do predicado:
a.      Os alunos são muito mais do que simplesmente depósito de conteúdos.
Sujeito: _________________________________________________________
Predicado: _______________________________________________________
b.       A família e a escola devem buscar valores como moral, ética e bons costumes.  
Sujeito: __________________________________________________________
Predicado: ________________________________________________________
7. Faça uma apreciação pessoal do texto.

                                                                                     Boa sorte!!!! Prof.ª Laura

Apresentação: Dia da Consciência negra

Texto: Dia da Consciência Negra

Duas amigas conversando: Carolina e Natália
 (decorar), ensaiar...

CAROL- Natália, você sabe o que significa a palavra consciência?
NATÁLIA-É claro, a professora falou sobre isso na aula! Consciência é quando temos noção de que algo ou alguém é importante, é ter conhecimento da sua própria existência.
CAROL-Então, Consciência Negra significa valorização do negro, da raça negra e tudo o que ela representa para nós?
NATÁLIA- Sim, é isso mesmo. Há muito tempo que o povo de raça negra tem lutado pelos seus direitos e parece que, finalmente, eles têm buscado ocupar um lugar que também é deles por direito.
CAROL- É mesmo, e na TV, os negros quase não apareciam, mas agora eles estão no papel principal das novelas, nos telejornais e nas propagandas,  o que antes não se via.
NATÁLIA- Amiga, na escola também era assim, os negros não tinham direito de estudar, era só trabalhar.  E hoje a lei precisa garantir que todos tenham direitos iguais e oportunidade de cursar o ensino básico e até a faculdade e de se profissionalizar, ser cidadão de verdade, entende?
CAROL- Vamos ajudar  todos a terem essa consciência? Garantir que todos possam caminhar juntos? Brancos, negros, morenos, índios, procurando fazer do Brasil um lugar melhor para se viver?
NATÁLIA:  E nossa escola um espaço democrático em que todos tenham os mesmos direitos?
CAROL-É isso amiga, o que depender da gente... (BATEM AS MÃOS)
NATÁLIA - Consciência e atitude não vão faltar. Vamos logo chamar nossos colegas, ninguém vai ficar de fora.
  
 Entram TODOS da classe ou alguns alunos e se abraçam em uma grande roda.

-Logo após apresentar uma música ou uma dança.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sem o pó para o meio dia.”

Nunca um ditado popular fez tanto sentido em minha vida nestas últimas horas. O fato se deve ao motivo de uma consulta em meu contracheque estadual. Estava em São João da Figueira dando minhas aulas, mas após consultar, pela Internet, meu salário, fiquei “desconectada”, exatamente 175,00 R$. Compreendi,  verdadeiramente, o que significa trabalhar por amor...mas, neste caso,  significando sem ter como saudar minhas contas do mês e reduzir ainda mais as despesas para evitar que um verdadeiro caos se instale em minha vida.
            Durante a semana passada e início desta, devido às chuvas, a maneira para chegar até à escola foi de taxi, ou seja, sem receber e ainda pagando para trabalhar. Na volta, o ditado popular mais uma vez se encaixou no horário, pois sem transporte, vínhamos de lá a pé por volta de 11h30min e, a propósito, são 15 km de estrada de chão. 
            Trabalhar na educação tem sido uma frustração para os professores e outros segmentos que sonham, há muito, com a valorização que nunca vem. Os sonhos de anos, os projetos que almejamos de melhorias que nunca acontece. É uma ilusão. É uma derrota. E olha que para eu dizer isto, significa mesmo desilusão sem consolo, uma vez que ser professora sempre foi um sonho desde a infância. Acredito que eu nasci para estar numa sala, com alunos querendo, assim como eu, aprender todo dia, ainda assim este último não tem se realizado, pois os alunos não têm tanta sede de aprender como um dia já tivemos.  
Trabalhar por amor é ótimo, mas também precisamos cuidar da nossa vida, de nossa saúde, de nossa alimentação, vestuário, dar uma vida digna aos nossos filhos, alimentá-los adequadamente, comprar o que eles necessitam, e eles, sendo crianças, necessitam diariamente de tudo, acredito eu que, nossa obrigação é prover do que seja necessário  na infância dos mesmos. Mas como professores que somos, está ficando difícil; tem sido uma tarefa árdua. A falta de respeito para conosco é imensa,  somos sucateados todos os dias.       
Para um profissional que estudou, se preparou e se prepara para estar em sala todos os dias é fator de desilusão e, emocionalmente, estamos altamente prejudicados. A tranquilidade, a força e a coragem devem ser nossas principais armas para continuarmos na luta e não desistirmos de tudo, na pior das hipóteses, cumprirmos tecnicamente nosso compromisso, sem nos envolvermos tanto, fazermos teatro, fingirmos que tudo está bem. Entrarmos e  sairmos da escola frios, sem aquele sentimento de missão cumprida, de valorização de nós mesmos e dos nossos alunos.
Agora, é esperar mais um mês passar, e ele, com certeza, vai demorar, esperando um décimo terceiro salário ou, quem sabe um prêmio por produtividade ou....ou.... De novo o sonho que insiste em continuar apesar de tantas adversidades...
É isto aí, e para encerrar, o ditado popular realmente se encaixa, pois pelo visto não será falta só do “pó”, mas de tudo e nem só para o meio dia, mas para o resto dos dias, até que um milagre venha a nos salvar nesta grandiosa e gloriosa missão de educar e formar cidadãos competentes para atuarem na sociedade respeitando e valorizando o próximo e aos trabalhadores desta nação brasileira.
                                                                                   Laura M.Bastos

quinta-feira, 3 de novembro de 2011



ESCOLA: __________________________________________________
PROFESSORA: _____________________________________________


  

 Compreensão do texto ‘ Problema “com bebidas”’:

1. A qual gênero textual esse texto pertence:
a. Cartum          b. HQ        c. conto

2. Qual é a principal função desse texto:
a. contar uma história com início, meio e fim;
b. divertir a partir de temas banais e insignificantes do dia a dia;
c. divertir e ensinar levando o leitor a refletir a partir de um tema do cotidiano;
d. divertir o leitor a partir dos problemas alheios.

3. Leia e através de observação identifique características psicológicas (comportamentais) de cada personagem.

4. Em alguns quadrinhos, a fala dos personagens aparece em maiúsculas. O que isso representa?

5. a. Qual é a diferença entre variedade padrão da língua e variedade coloquial da língua?
    b. Esse texto foi escrito em qual variedade?
    c. Copie duas frases que comprovem sua resposta.
    d. É comum o uso dessa variedade entre pessoas de uma família?

6. No 3º quadrinho aparece a frase “Isso é culpa sua, Bob!”. Isso se refere a que fato dito anteriormente?

7.Retire do texto um adjunto adverbial de:
a. dúvida:                                            b. afirmação:                                                  c. negação:

8. Reescreva o 5º quadrinho por pluralizando a palavra FILHO e fazendo as alterações necessárias.
9. A expressão em destaque “ Eu não fiz nada além de me dedicar a essa família...”, expressa:
a. que ele reconhece que nunca fez  nada do que sua família precisava;
b. que ele sempre se dedicou a sua família, como prioridade;
c. que todo o seu tempo era dedicado a resolver questões relacionadas a sua família;
d. que ele não tinha tempo para mais nada, além de sua família.

10. Onomatopeia é o nome que se dá à palavra que imita sons e ruídos. Retire do texto uma onomatopeia e explique o que ela representa.

11.Vocativo é um termo acessório da oração, pois pode ser retirado dessa sem prejudicar o seu sentido. Sua função é chamar, evocar o interlocutor (a pessoa a quem está se referindo). Copie 3 orações em que ocorra vocativos.

12.O humor ocorre no último quadrinho com a quebra da expectativa. Que fato nesse quadrinho nos surpreende?

13.O título desse texto é “Problema “com bebidas”’. Ele é ambíguo (possui duplo sentido). Justamente por haver dois sentidos, que ocorre o conflito no texto. Escreva as duas possíveis interpretações do título ou da fala do garoto no 1º quadrinho.

14.Podemos, por meio desse texto, chegar a algumas conclusões. A quais você chegou?
15. Como você desfaria esse mal entendido?



ELABORAÇÃO DE QUESTÕES RELATIVAS AO CARTUM: MYSLAINE N.OLIVEIRA ALMEIDA.







Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é "muito" para ser insignificante". (Charles Chaplin)

Diagnóstico de Língua Portuguesa
Aluno:__________________________________________nº________

1-      Considere o seguinte trecho:
Em vez do médico do Milan, o doutor José Luiz Runco, da Seleção, é quem deverá ser o responsável pela cirurgia de Cafu. Foi ele quem operou o volante Edu e o atacante Ricardo Oliveira, dois jogadores que tiveram problemas semelhantes no ano passado.

O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se:
(a) ao médico do Milan.      ( b) a Cafu.   ( c) ao doutor José Luiz Runco.    ( d) ao volante Edu.    ( e) ao atacante Ricardo Oliveira.

2-      Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das
ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
 Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses  lugares predispunham as pessoas a medos e superstições.
Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico.
                                                     Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967

Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque” refere-se
(A) às montanhas.      (B) aos vales.       (C) aos bosques.                (D) às matas.

3-      LIBERDADE...
É não depender de droga nenhuma pra viver. Você sabia que os remédios sem indicação médica, a  cola de sapateiro, o álcool e o cigarro são as drogas mais consumidas no Brasil? São as mais comuns e, por isso mesmo, muito traiçoeiras. Porque o pior de toda droga nem é o risco de morte, é a certeza de uma vida de dependência. Quem ainda acredita que as drogas libertam, é candidato a escravo. Porque a outra palavra para liberdade é
independência.
                                   Campanha publicitária do Ministério da Saúde – Brasil: Governo Federal

A finalidade do texto é :
(A) alertar as pessoas para o uso indevido de remédios.
(B) chamar a atenção para os malefícios da dependência química.
(C) informar sobre todos os tipos de drogas existentes.
(D) buscar soluções  para os usuários das drogas mais consumidas.

4- Retire do texto duas palavras que apresentam oposição de ideias e explique o sentido que elas se encontram no texto.
5-Na frase “...É não depender de droga nenhuma para viver”. A palavra não é um:
(a)    Verbo               (b) advérbio             (c) pronome            (d) substantivo        (e) locução adverbial

6-na frase “São as mais comuns e, por isso mesmo muito traiçoeiras...” A palavra muito é um adverbio de:
(a)    Modo        (b) negação        (c) dúvida      (d) intensidade        (e) de afirmação.

7-Complete as frases com os verbos indicados, entre parênteses, no Pretérito imperfeito do indicativo.
· Antigamente, eu _____________ (dar) grandes passeios pelo campo  e _________(subir) às árvores.
· Rui e Manuel, quando ___________ (ficar) em casa sozinhos, ____________ (fechar) todas as portas e janelas, porque ________________(ter) medo dos ladrões.
                                                                                                                       Boa sorte!!!!
Escola Estadual Maria Emilia Diniz   
Disciplina: Português
Profª: Laura M.Bastos
Aluno:__________________________________________________ Avaliação/ 2º bimestre

 Cada vez mais feios e gordos. E em comparação com a última década, insatisfação com aparência e peso aumentou consideravelmente.
                                                                                              [Por Carolina Araújo, colaboração para a Folha]

Poderia ser uma boa notícia o fato de que 6 em cada 10 jovens brasileiros estão muito satisfeitos com a própria aparência. Mas não é. Há 11 anos, o Datafolha perguntou aos jovens brasileiros se eles se sentiam felizes com a aparência e registrou que 82% estavam muito satisfeitos com o que viam diante do espelho. A mesma pergunta foi feita agora e o grupo dos que se consideram muito satisfeitos caiu 23 pontos percentuais.
 O descontentamento é maior entre as garotas — 44% se dizem pouco satisfeitas e 6%, nada satisfeitas com a aparência. As meninas de 16 e 17 anos representam o auge do dissabor: 7% delas estão totalmente insatisfeitas. Como não é provável que a feiúra tenha se tornado uma epidemia ao longo dos anos, por que os jovens estão se sentindo mais infelizes com a própria aparência? Segundo especialistas, trata-se de uma questão social. Padrão de beleza Para a psicóloga Joana Novaes, coordenadora do Núcleo de Doenças da Beleza da PUC Rio, o padrão de beleza atual impõe que o jovem seja magro, "sarado" e bronzeado. "Tantas exigências geram uma relação infeliz com o próprio corpo", diz ela, que é autora do livro O Intolerável Peso da Feiúra. Segundo a psicóloga, a infelicidade se agrava devido à diferença de tratamento que a sociedade impõe ao "feio" e ao "bonito". Enquanto a beleza é um meio de ascensão social no Brasil, quem é considerado feio se torna vítima de um preconceito socialmente aceito, pois é permitido que se recrimine a aparência do outro. Já a antropóloga Mirian Goldenberg — autora de O Corpo Como Capital e professora do departamento de antropologia social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) — não acredita que o jovem esteja se sentindo mais feio, mas, sim, inadequado em relação ao padrão de corpo valorizado pela sociedade.
Contudo, segundo Goldenberg, a juventude atual é a primeira geração que cresceu sabendo que há meios para se adequar ao padrão: vestir-se de acordo com a moda, investir em tratamentos estéticos, recorrer a cirurgias plásticas, etc. E mais gordo também. Colocar os pés em uma balança pode ser um sacrifício para metade dos jovens brasileiros. Foi esse o percentual de entrevistados que disseram ao Datafolha que não estão satisfeitos com o próprio peso. Comparando os resultados com 11 anos atrás, o “Há três coisas que não voltam no tempo: A flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida número de jovens muito satisfeitos com o peso caiu de 61% para 50%. Outra vez, a maior insatisfação se verifica entre as garotas, com o ápice do descontentamento entre as que têm de 22 a 25 anos: 26% estão insatisfeitas com o peso. Para o psicólogo Niraldo de Oliveira Santos, coordenador do estudo, os números surpreendem porque 8 em cada 10 estudantes consultados eram magros ou tinham peso normal em relação à altura e à idade. Surpreendem ainda mais porque, em teoria, os estudantes da área de saúde deveriam ser bem informados sobre cuidados com o corpo. "O que se teme é que, se considerado um universo maior de jovens, o panorama possa ser ainda mais preocupante", diz Santos.

1-      O texto pertence principalmente ao gênero:
(a)    Crônica                   (b) conto                    (c ) texto de divulgação  científica             (d) notícia

2-      Qual é o tema do texto?

3-      Quando produzimos um texto, podemos nos colocar nele de modo pessoal ou impessoal. No texto lido predomina:
(a)    A visão pessoal e subjetiva da pessoa que realizou a pesquisa.
(b)   Impessoal e objetivo, isto é, não há marcas pessoais de quem realizou a pesquisa.

4-      Identifique, entre os itens que se seguem, aquele que traduz melhor a finalidade desse tipo de texto:
(a)    Relatar experiências pessoais.
(b)   Expor uma pesquisa de natureza científica
(c)    Anunciar uma campanha contra o preconceito
(d)   Ensinar como se faz um relatório de natureza científica.

5-      De acordo com o texto, o que as pesquisas demonstraram?

6-      A variedade linguística empregada é padrão ou a não padrão? Justifique.




7-      Segundo especialistas o desgosto com a aparência é considerado uma questão social. Por quê?

8-      Qual o padrão de beleza atual para os jovens?


9-      Para a psicóloga Joana Novaes a infelicidade se agrava devido à diferença de tratamento que a sociedade impõe ao “feio” e ao “bonito”. Por quê?



10-Por que os números surpreenderam o coordenador Niraldo O.Santos?

11-Na frase: “O Data Folha perguntou aos jovens brasileiros se eles se sentiam felizes com a aparência”. O sujeito é:
(a)    Os jovens brasileiros
(b)   O Datafolha
(c)    Eles
(d)   A aparência

12- Na oração: “Poderia ser uma boa notícia o fato de que 6 em cada 10 jovens brasileiros estão muito satisfeitos com a própria aparência. Mas não é”. A palavra sublinhada dá ideia de:
(a)    Adição                        (b) oposição                 (c) finalidade                              (d) conclusão. 


12- Você acha que a pesquisa realizada pode ser considerada também no meio em que você vive, ou seja, aqui também há uma exigência, um padrão de beleza que quer se impor entre os jovens? Justifique.

13-  Como você se sente em relação a esta pesquisa? Considera que você faz parte daqueles que estão  satisfeitos ou insatisfeitos com a sua aparência? Por quê?

































AVALIAÇÃO BIMESTRAL – 1º BIM. 2011
ALUNO:________________________________________SÉRIE:____________DATA:___________. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasado para o jantar. Nesta situação, podemos dizer que o canal é:
a) o pai
b) a filha
c) fios de telefone
d) o código
e) a fala

2. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto pedindo para ele parar. Neste trecho o gesto que o guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é:
a) linguagem verbal                      b) linguagem não-verbal                               c) linguagem mista

3.A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: “Felipe está na hora de acordar”. O que está destacado é:
a) o emissor
b) o código
c) o canal
d) a mensagem
e) o referente

4. Podemos afirmar que o emissor é:
a) quem recebe a mensagem
b)  quem que transmite a mensagem
c) o código usado para estabelecer comunicação
d) quem participa e interage na conversa

5.A propaganda é uma forma de comunicação. Podemos dizer que a propaganda utiliza alguns recursos para atingir o consumidor.  Neste caso é comum a utilização da comunicação:
a)comunicação verbal                           b) comunicação não-verbal                 c) comunicação verbal e não verbal

6.Leia o texto abaixo e responda:

Motociclista morre em acidente na BR-381, em São Joaquim de Bicas

TABATA MARTINS
www.twitter.com/Otempoonline
Um motociclista morreu em um acidente na tarde desta segunda-feira (25) na BR-381, em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o acidente ocorreu na altura do km 524.
Segundo os militares, a vítima colidiu na traseira de um caminhão e morreu no local.
Devido ao acidente, a faixa da direita da rodovia está interditada. Apesar da interdição, segundo a PRF, não há congestionamento no local.
                                  Na situação de Comunicação temos
 EMISSOR: ____________________________________        RECEPTOR:__________
            MENSAGEM:_____________________________________________________________________ CÓDIGO: _____________________________________  CANAL: __________
               
7- Preencha os parênteses com V, para as alternativas verdadeiras, e F, para as falsas.
(    ) A linguagem mista utiliza somente imagens.
(    ) A linguagem verbal faz uso da palavra escrita ou falada.
(    ) A linguagem mista é o emprego simultâneo de palavras escritas ou faladas e de imagens.
(    ) A linguagem não-verbal só pode ser empregada através de gestos.
(    ) É possível transmitir uma informação, empregando apenas gestos.
          Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequencia correta das respostas.
(A) V – F – V – V – F 
(B) F – V – V – F – V 
(C) V – V – V – F – F 
(D) F – F – F – F – V
(E)  F – V – F – V – F    
                                                                   BOA PROVA!

Avaliação bimestral de Língua Portuguesa – 1º bimestre

Aluno:___________________________________série:___________data:________
1.Leia o texto abaixo e responda:

                                Uma lição de vida
     Lembro-me de uma manhã em que descobri um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei algum tempo, mas estava demorando muito e eu tinha pressa.
     Irritado e impaciente, curvei-me e comecei a esquentá-lo com o meu hálito. E o milagre começou a acontecer diante de mim num ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu e a borboleta saiu, arrastando-se. Nunca hei de esquecer o horror que senti: suas asas ainda não estavam abertas e todo o seu corpinho tremia, no esforço para desdobrá-las.
     Curvado por cima dela, eu a ajudava com o meu hálito. Em vão. Era necessária uma paciente manutenção e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol. Agora era tarde demais. Meu sopro obrigava a borboleta a se mostrar, antes do tempo, toda amarrotada. Ela se agitou desesperada e, alguns segundos depois, morreu na palma de minha mão.
     Acho que aquele pequeno cadáver é o peso maior que tenho na consciência. Hoje, entendo bem isso: é um pecado mortal forçar as grandes leis.
     Não devemos nos apressar, nem ficar impacientes, mas seguir confiantes o ritmo eterno.
                                                                                                                          Nikos Kazantzakis
_______________________________________________________________________________
1.    


1.       O texto que você leu é uma narrativa. O foco narrativo se encontra em que pessoa? Justifique com elementos do texto.


2.       Retire do primeiro parágrafo as expressões indicativas de tempo.

3.       No segundo parágrafo a que se refere a expressão grifada: “curvei-me e comecei a esquentá-lo com o meu hálito.”
(a)    Ao narrador            (b) ao invólucro do casulo             (c) a borboleta                (d) a casca de uma árvore

4.       Na frase: “Esperei algum tempo, mas estava demorando muito e eu tinha pressa.” A palavra sublinhada indica:
(a)    Adição                          (b) oposição                         (c) explicação                        (d) conclusão

5.       A palavra  Invólucro se refere:
(a)    A parte interna do casulo          (b) o revestimento do casulo              (c) ao rompimento do casulo

6.       Justifique o título do texto.

7.       A frase “Acho que aquele pequeno cadáver é o peso maior que tenho na consciência.” Indica que o narrador sentia:
(a)    Medo
(b)   Raiva
(c)    Dor
(d)   Tristeza
(e)   Orgulho

8.       A ideia principal do texto é:
(a)    Informar sobre a vida das borboletas
(b)   Destacar a indiferença do narrador em relação à vida das borboletas
(c)    Mostrar que tudo na vida tem seu tempo e a sua hora de acontecer
(d)   Motivar o leitor para proteger os insetos no momento do nascimento

9.       Na frase “     Irritado e impaciente” a conjunção e entre uma palavra e outra dá ideia de:
(a)    Oposição            (b) adição                  (c) conclusão                (d) explicação

10.   Explique o último paragrafo do texto em relação ao tema geral do texto.

11.   Retire do penúltimo parágrafo uma conclusão do narrador do texto.

12.   Retire do texto duas expressões: uma indicativa de tempo passado, outra indicativa de tempo presente. Explique  o sentido que exerce no texto a escolha destas expressões.
                                                                                     Boa sorte!!!




AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA – ______º BIMESTRE – 2011

ALUNO:____________________________________SÉRIE:_______Professora:_______________________________
→Leia o texto abaixo com bastante atenção, sugiro que leiam pelo menos duas vezes antes de iniciar as questões propostas.

As enchentes de minha infância
     Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
     Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
     Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
                           Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana. 3. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Do Autor, 1962. P. 157. _________________________________________________________________________________
1-Esse texto pertence ao gênero:  (a) fábula                (b) lenda            (c) conto         (d) romance

2- A função deste texto é:  
  (a) criticar o problemas das enchentes    (b) narrar memórias      (c) informar fatos contemporâneos.
3- Qual é o tipo de narrador  nesse texto? Responda e justifique com frases do texto.
_________________________________________________________________________________
4- No 1º parágrafo o autor apresenta o espaço por meio de um texto essencialmente:
(a)    Dissertativo                  (b) descritivo                        (c) narrativo                   (d) injuntivo
5- Leia atentamente o 1º parágrafo e diga a qual expressão anterior se refere a palavra onde: 
(a)    As casas                               (b )junto à varanda                                               (c) outro lado da rua.
6- Na primeira frase do texto  a palavra mas indica:
(a)    Adição                              (b) oposição                     (c) conclusão             (d) explicação
7-No 2º parágrafo, quais as expressões indicam tempo?
_________________________________________________________________________________
8- No 2º parágrafo, retire uma expressão coloquial, isto é, que não pertença à modalidade padrão da língua. E depois transforme esta frase de forma a torná-la padrão.
__________________________________________________________________________________
9- A palavra defronte pode ser substituída por:  (a) em frente              (b) próximo               (c) ao lado

10- A expressão que revela uma opinião do autor é:
(a)    “Às vezes chegava alguém a cavalo”     (b) “...Isso para nós era uma festa”             (c) “E às vezes o rio atravessava a rua”.

11- Pelo contexto, infira o significado da palavra faina que se encontra no 3º parágrafo.
__________________________________________________________________________________
12- Na expressão “...aquilo era uma traição”, se refere a 
(a) Éramos a favor da enchente        (b)... O rio baixara um palmo.               (c) uma fraqueza do Itapemirim.
13- Personificação é a figura que consiste em pensar seres inanimados ou irracionais como se eles fossem humanos. 
_Encontramos uma personificação presente no texto na expressão:
 (a) Nossa casa era muito bonita       (b) então vinham todos dormir em nossa casa       (c) o rio atravessa a rua.

14- Gradação ocorre quando há uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.  Retire a gradação existente no 2º parágrafo. _____________________________
15- Por que o narrador afirma: “éramos a favor da enchente”? Explique.
_______________________________________________________________________________
16-  No contexto atual, essa afirmativa seria coerente? Por quê?
______________________________________________________________________________
17- Quem é o principal responsável pelas enchentes avassaladoras que tem ocorrido nas grandes cidades? Escreva um parágrafo defendendo sua opinião na questão proposta.
                                                    
                                              Contribuição na elaboração das questões: Myslaine N.Oliveira Almeida.